E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos. Atos 4.12
Lucas

Lucas


Autor: Lucas
Data: Cerca de 59?75 dC


Esboço de Lucas

I. Prólogo 1.1-4

II. A narrativa da infância 1.5-2.52

Anúncio do nascimento de João Batista 1.5-25
Anúncio do nascimento de Jesus 1.26-38
Visita das duas mães 1.39-56
... Maria visita Isabel 1:39-45
... O cântico de Maria 1:46-56

O nascimento de João Batista 1.57-80
... O nascimento 1:57-66
... O cântico de Zacarias 1:67-80

O nascimento de Jesus 2.1-40
... O nascimento 2:1-7
... Os anjos e os pastores 2:8-20
... A circuncisão e apresentação de Jesus 2:21-24
... Simeão e Ana 2:25-38
... O crescimento do menino 2:39-40

O menino Jesus no templo 2.41-52


III. Preparação para o ministério público 3.1-4.13
O ministério de João Batista 3.1-20
O batismo de Jesus 3.21-22
A genealogia de Jesus 3.23-38
A tentação 4.1-13


IV. O ministério pela Galileia 4.14-9.50
Em Nazaré e Carfanaum 4.14-44
... Expulso de Nazaré 4:14-30
... Cura endemoninhado em Cafarnaum 4:31-37
... Cura sogra de Pedro em Cafarnaum 4:38-44

Do chamamento de Pedro ao chamamento dos doze 5.1-6.16
... A pesca maravilhosa 5:1-7
... Chama primeiros discípulos 5:8-11
... Cura um leproso 5:12-16
... Cura o paralítico que veio pelo telhado 5:17-26
... Chama Mateus 5:27-32
... Explica porque seus discípulos não jejuavam 5:33-39
... Apresenta-se como Senhor do Sábado 6:1-5
... Cura homem de mão atrofiada 6:6-11
... Escolhe seus doze discípulos 6:12-16

O Sermão da Montanha 6.17-49
Narrativa e diálogo 7.1-9.50
... O centurião de Cafarnaum 7:1-10
... Ressuscita o filho de uma viúva, em Naim 7:11-17
... Recebe mensageiros de João Batista 7:18-23
... Dá testemunho de João Batista 7:24-35
... Seus pés são ungidos por uma pecadora 7:36-49
... Era servido por mulheres com seus bens 8:1-3
... Contou a parábola do Semeador 8:4-15
... Contou a parábola da Candeia 8:16-18
... Foi buscado por sua família 8:19-21
... Acalmou a tempestade 8:22-25
... Curou endemoninhado geraseno 8:26-39
... Curou uma menina e uma mulher 8:40-56
... Orientou a missão dos doze discípulos 9:1-6
... Provocou perplexidade em Herodes 9:7-9
... Multiplica pães e peixe para a multidão comer 9:10-17
... Prediz sua paixão com a declaração de fé de Pedro 9:18-22
... Prega sobre a lei da cruz 9:23-27
... Transfitura-se diante de alguns discípulos 9:28-36
... Cura um menino epiléptico 9:37-45
... Prega sobre quem é maior no Reino dos céus 9:46-48
... Prega que quem não é contra nós é por nós 9:49-50


V. A narrativa de viagem (no caminho para Jerusalém) 9.51-19.28
É rejeitado pelos samaritanos 9:51-56
Prega sobre a Renúncia Própria 9:57-61
Fala sobre a missão dos setenta discípulos 10:1-20
Exulta em oração pelo evangelho ser muito simples 10:21-24
Conta a parábola do bom samaritano 10:25-37
Defende Maria diante da ansiedade de Marta 10:38-42
Ensina os discípulos a orar 11:1-4
Conta a parábola do amigo importuno 11:5-13
Defende-se da acusação de ter parte com demônios 11:14-28
Lembra o profeta Jonas como um sinal 11:29-32
Ensina que a candeia do corpo são os olhos 11:33-36
Censura os fariseus e os saduceus 11:37-12:3
Ensina que se deve temer quem manda pessoas para o inferno 12:4-12
Conta a parábola do rico insensato 12:13-21
Condena ansiedade pela vida material 12:22-34
Conta a parábola do servo vigilante 12:35-48
Avisa que ele trás fogo e dissenssão à terra 12:49-53
Avisa sobre os sinais dos tempos 12:54-59
Ensina que sem arrependimento todos são indignos 13:1-5
Conta a parábola da figueira estéril 13:6-9
Cura uma mulher encurvada 13:10-17
Conta a parábola do grão de mostarda 13:18-19
Conta a parábola do fermento 13:20-21
Avisa que o arrependimento é como uma porta estreita 13:22-30
Fala de seu lamento sobre Jerusalém 13:31-35
Cura um hidrópico num sábado 14:1-6
Conta a parábola dos primeiros assentos e dos convidados 14:7-14
Conta a parábola da grande ceia 14:15-24
Conta a parábola da renúncia 14:25-35
Conta a parábola da ovelha perdida 15:1-7
Conta a parábola da drácma perdida 15:8-10
Conta a parábola do Filho Pródigo 15:11-32
Conta a parábola do mordomo infiel 16:1-13
Prega que a Lei vigorou até a pregação do Evangelho 16:14-18
Conta a parábola do rico e de Lázaro 16:19-31
Ensina sobre os tropeços 17:1-2
Ensina sobre o perdão 17:3-4
Ensina sobre o poder da fé 17:5-6
Ensina sobre a humildade 17:7-10
Cura dez leprosos e se admira por um ter agradecido 17:11-19
Prega sobre a vinda do Reino de Deus 17:20-37
Conta a parábola do juiz iníquo 18:1-8
Conta a parábola do fariseu e do publicano 18:9-14
Abençoa as crianças e as compara com o arrependimento 18:15-17
Ensina um jovem rico a ser salvo 18:18-30
Prediz novamente a sua morte e ressurreição 18:31-34
Cura um cego em Jericó 18:35-43
Tem um encontro salvador com Zaqueu 19:1-10
Conta a parábola dos dez servos 19:11-28


VI. O ministério de Jerusalém 19.29-21.38
Acontecimentos na entrada de Jesus em Jerusalém 19.29-48
... Entra triunfalmente em Jerusalém 19:28-40
... Chora sobre Jerusalém 19:41-44
... Faz a purificação do templo 19:45-48

História de controvérsias 20.1-21.4
... Responde sobre sua autoridade com o batismo de João 20:1-8
... Conta a parábola dos lavradores maus 20:9-18
... Ensina fidelidade a Cesar e a Deus 20:19-26
... Explica sobre a ressurreição aos saduceus 20:27-40
... Questiona sobre si aos presentes 20:41-44
... Censura os escribas 20:45-47
... Ensina a partir da oferta da viúva pobre no templo 21:1-4

Discurso escatológico 21.5-38
... Prega sobre o princípio das dores 21:5-19
... Prega sobre a grande tribulação 21:20-24
... Prega sobre a vinda do Filho do Homem 21:25-33
... Prega sobre a vigilância 21:34-38


VII. A paixão e glorificação de Jesus 22.1-24.53
A refeição de Páscoa 22.1-38
... Foi traído por Judas com um pacto para entregar-lhe 22:1-6
... Celebrou sua última páscoa 22:7-23
... Ensina que para ser o maior, deve-se ser o menor 22:24-30
... Avisa a Pedro de sua negação 22:31-34
... Alerta sobre a necessidade de espadas entre eles 22:35-38

A paixão, morte e sepultamento de Jesus 22.39-23.56
... Em intensa oração no Getsêmane 22:39-46
... É capturado e preso 22:47-53
... É negado três vezes por Pedro 22:54-62
... É levado ao sinédrio 22:63-71
... É levado perante Pilatos 23:1-7
... É levado perante Herodes 23:8-11
... É levado, de novo, a Pilatos 23:12-25
... É encaminhado ao Gólgota 23:26-32
... É crucificado e morre 23:33-49
... É sepultado 23:50-56

A ressurreição e a ascensão 24.1.53
... Volta à vida 24:1-12
... Encontra dois discípulos para Emaús 24:13-35
... Aparece aos discípulos 24:36-49
... Ascende aos céus diante dos discípulos 24:50-53







Autor
Tanto o estilo quanto a linguagem oferecem evidências convincentes de que a mesma pessoa escreveu Lucas e Atos. ? O primeiro tratado? At 1.1 é, então provavelmente , uma referência ao terceiro evangelho, como o primeiro de uma série de dois volumes. E o fato de o escrito dedicar ambos os livros a Teófilo também demonstra solidamente uma autoria comum. Visto que a tradição de igreja atribui com unanimidade essas duas obras a Lucas, o médico, um companheiro próximo de Paulo (Cl 4.14; Fm 24; 2Tm 4.11), e, como as evidências internas sustentam esse ponto de vista, não há motivos para contestar a autoria de Lucas.


Data
Eruditos que admitem que Lucas usou o Evangelho de Marcos como fonte para escrever seu próprio relato datam Lc por volta do ano 70 dC. Outros, entretanto, salientam que Lucas o escreveu antes de At, que ele escreveu durante o primeiro encarceramento de Paulo pelos romanos, cerca de 63 dC. Como Lucas estava em Cesaréia de Filipe durante os dois anos em que Paulo ficou preso lá (At 27.1), ele teria uma grande oportunidade durante aquele tempo para conduzir investigações que ele menciona em 1.1-4. Se for este o caso, então o Evangelho de Lc pode ser datado por volta de 59-60 dC, mas no máximo até 75 dC.


Conteúdo
Uma característica distinta do Evangelho de Lc é sua ênfase na universalidade da mensagem cristã. Do cântico de Simeão, louvando Jesus como ?luz... Para as nações? (2.32) ao comissionamento do Senhor ressuscitado para que se ?pregasse em todas as nações? (24.47), Lc realça o fato de que Jesus não é apenas o Libertador dos judeus, mas também o Salvador de todo o mundo.
A fim de sustentar esse tema, Lc omite muito material que é estritamente de caráter judaico. Por exemplo, ele não inclui o pronunciamento de condenação de Jesus aos escribas e fariseus (Mt 23), nem a discussão sobre a tradição judaica (Mt 15.1-20; Mc 7.1-23). Lc também exclui os ensinamentos de Jesus no Sermão da Montanha que tratam diretamente do seu relacionamento com a lei (mt 5.21-48; 6.1-8, 16-18). Lc também omite as instruções de Jesus aos Doze para se absterem de ministrar aos gentios e samaritanos (Mt 10.5).
Por outro lado, Lc inclui muitas características que demonstram universalidade. Ele enquadra o nascimento de Jesus em um contexto romano (2.1-2; 3.1), mostrando que o que ele registra tem significado para todas as pessoas. Ele enfatiza ainda, as raízes judaicas de Jesus. De todos os escritores dos Evangelhos só ele registra a circuncisão e dedicação de Jesus (2.21-24), bem como sua visita ao Templo quando menino (2.41-52). Somente ele relata o nascimento e a infância de Jesus no contexto de judeus piedosos como Simeão, Ana, Zacarias e Isabel, que estavam entre os fiéis restantes ?esperando a consolação de Israel? (2.25). Por todo o Evangelho, Lc deixa claro que Jesus é o cumprimento das esperanças do AT relacionadas à salvação.
Um versículo chave do evangelho de Lc é o 19.10, que declara que Jesus ?veio buscar e salvar o que se havia perdido?. Ao apresentar Jesus como Salvador de todos os tipos de pessoas, Lc inclui material não encontrado nos outros evangelhos, como o relato do fariseu e da pecadora (7.36-50); a parábola do fariseu e o publicano (18.9-14); a história de Zaqueu (19.1-10); e o perdão do ladrão na cruz (23.39-43).
Lc ressalta as advertências de Jesus sobre o perigo dos ricos e a simpatia dele pelos pobres (1.53;4.18; 6.20-21, 24-25; 12.13-21; 14.13; 16.19-31; 19.1-10).
Este evangelho tem mais referências à oração do que os outros evangelhos. Lc enfatiza especialmente a vida de oração de Jesus registrando sete ocasiões em que Jesus orou que não são encontrados em mais nenhum outro lugar (3.21; 5.16; 6.12; 9.18,29; 11.1; 23.34,46). Só Lc tem as lições do Senhor sobre a oração ensinada nas parábolas do amigo importuno (18.9-14). Além disso, o evangelho é abundante em notas de louvor e ação de graças ( 1.28,46-56,68-79; 2.14,20,29-32; 5.25-26; 7.16; 13.13; 17.15; 18.43)


Cristo Revelado
Além de apresentar Jesus como o Salvador do mundo, Lc dá os seguintes testemunhos sobre ele:


Jesus é o profeta cujo papel equipara-se ao Servo e Messias (4.24; 7.16,39; 919; 24.19)
Jesus é o homem ideal, o perfeito salvador da humanidade. O título ?Filho do Homem? é encontrado 26 vezes no evangelho.
Jesus é o Messias. Lc não apenas afirma sua identidade messiânica, mas também tem o cuidado de definir a natureza de seu messianismo. Jesus é, por excelência, o Servo que se dispõe firmemente a ir a Jerusalém cumprir seu papel (9.31.51). Jesus é o filho de Davi (20.41-44), o Filho do Homem (5.24) e o Servo Sofredor (4.17-19, que foi contado com os transgressores (22.37).
Jesus é o Senhor exaltado. Lc refere-se a Jesus como ?Senhor? dezoito vezes em seu evangelho.
Jesus é o amigo dos proscritos humildes. Ele é constantemente bondoso para com os rejeitados.


O Espírito Santo em Ação
Há dezesseis referências explicitas ao ES, ressaltando sua obra tanto na vida de Jesus quanto no ministério continuo da igreja.
Em primeiro lugar: a ação do ES é vista na vida de várias pessoas fiéis, relacionadas ao nascimento de João Batista e Jesus (1.35,41,67; 2.25-27), bem como no fato de João ter cumprido seu ministério sob a unção do ES (1.15). O mesmo Espírito capacitou Jesus para cumprir seu ministério.
Em segundo lugar: O ES capacita Jesus para cumprir seu ministério?o Messias ungido pelo ES. Nos caps 3-4, há cinco referencias ao Espírito, usadas com força progressiva. 1) O Espírito desce sobre Jesus em forma corpórea, como uma pomba (3.22); 2) Ele leva Jesus ao deserto para ser tentado (4.1); 3) Após sua vitória sobre a tentação, Jesus volta para a Galiléia no poder do mesmo (4.14) 4) Na sinagoga de Nazaré, Jesus lê a passagem messiânica: ?O Espírito do Senhor está sobre mim...?(4.18; Is 61.1-2), reivindicando o cumprimento nele (4.21). Então, 5) evidência seu ministério carismático está repleta (4.31-44) e continua em todo seu ministério de poder e compaixão.
Em terceiro lugar: O ES, através de oração de petição leva a cabo o ministério messiânico. Em momentos críticos daquele ministério, Jesus ora antes, durante ou depois do acontecimento crucial (3.21; 6.12; 9.18,28; 10.21). O mesmo ES que foi eficaz através de orações de Jesus dará poder as orações dos discípulos (18.1-8) e ligará o ministério messiânico de Jesus ao ministério poderoso deles através da igreja (24.48.49).
Em quarto lugar: O ES espalha alegria tanto a Jesus como à nova comunidade. Cinco palavras gregas denotando alegria ou exultação são usadas duas vezes com mais freqüência tanto Lc como Mt ou Mc. Quando os discípulos voltam com alegria de sua missão (10.17), ?Naquela mesma hora, se alegrou Jesus no ES e disse...? (10.21). Enquanto os discípulos estão esperando pelo Espírito prometido (24.49), ?adorando-o eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém. E estavam sempre no templo, louvando e bendizendo a DEUS? (24.52-53)

Participe da nossa comunidade
Facebook
Twitter