DEUS é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Salmo 46.1
Ezequiel

Ezequiel
Autor: Ezequiel
Data: Entre 593 - 573 aC

Esboço de Ezequiel

I. O início da visão e chamada de Ezequiel 1.1-3.21
Visões introdutórias 1.1-28
... Visão dos quatro querubins 1:1-25
... A visão da glória divina 1:26-28
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O encargo dos profetas 2.1-3.21
... A vocação de Ezequiel ? Visão do rolo de livro 2:1-3:3
... A comissão do profeta 3:4-15
... O Atalaia de Israel ? Parte I 3:16-21
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II. Profecias e visões sobre a destruição de Jerusalém 3.22-24.27
Oráculos de julgamento 3.22-7.27
... O Atalaia de Israel ? Parte II 3:22-27
... Predição simbólica do cerco do Jerusalém 4:1-5:17
... A profecia contra os montes de Israel 6:1-14
... O fim vem 7:1-27
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Visões de idolatria no templo 8.1-11.25
... As abominações no santuário 8:1-18
... Os castigos de Jerusalém 9:1-11
... A segunda visão dos querubins 10:1-8
... Visão das quatro rodas 10:9-17
... A glória divina abandona o templo 10:18-22
... O juízo de Deus contra os chefes do povo 11:1-13
... Promessa da restauração 11:14-25
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O exílio e cativeiro de Judá 12.1-24.27
... A mudança para fora do muro é o símbolo do cativeiro da dispersão 12:1-20
... Profecia contra os falsos profetas 12:21-13:16
... Ai das falsas profetisas 13:17-23
... O castigo dos idólatras 14:1-11
... A justiça dos castigos de Deus 14:12-23
... O pau inútil da videira 15:1-8
... Alegoria da esposa infiel 16:1-22
... Descrição da sua grosseira infidelidade 16:23-34
... O castigo de Jerusalém 16:35-43
... Jerusalém pior do que Sodoma ou Samária 16:44-59
... Deus lembra do seu pacto 16:60-63
... A alegoria das águas e da videira 17:1-10
... A interpretação da alegoria 17:11-24
... A responsabilidade pessoal 18:1-32
... Lamentações sobre os príncipes de Israel 19:1-14
... As abominações da casa de Israel depois do êxodo 20:1-17
... A ira do Senhor contra a idolatria de Israel 20:18-32
... Futura restauração de Israel 20:33-39
... Profecia contra o bosque do Sul 20:40-49
... A espada do Senhor 21:1-32
... As abominações de Jerusalém 22:1-16
... Os pecados de Jerusalém castigados 22:17-22
... Os profetas, sacerdotes e príncipes infiéis denunciados 22:23-31
... Alegoria das duas irmãs 23:1-21
... O castigo que lhe sobreveio 23:22-49
... Alegoria da caldeira enferrujada 24:1-14
... Predição da ruína de Jerusalém 24:15-27
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III. Oráculos da ruína contra nações estrangeiras 25.1-32.32
Contra Amom 25.1-7
Contra Moabe 25.8-11
Contra Edom 25.12-14
Contra a Filistia 25.15-17
Contra Tiro 26.1-28.19
... Profecia contra Tiro 26:1-21
... Lamentação sobre Tiro 27:1-11
... Descrição do seu comércio 27:12-36
... Profecia contra o seu rei 28:1-10
... Lamentação sobre o seu rei 28:11-19
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Contra Sidom 28.20-26
Contra Egito 29.1-32.32
... Profecia contra o Egito 29:1-321
... Outra profecia contra o Egito e contra Faraó 30:1-26
... Outra profecia contra faraó, rei do Egito 31:1-18
... Lamentação sobre Faraó, rei do Egito 32:1-16
... Lamentação sobre o Egito 32:17-32
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IV. Profecias de restauração 33.1-48.35
Ezequiel como vigia 33.1-33
... O ofício do verdadeiro profeta 33:1-9
... O Senhor julga justamente 33:10-20
... O castigo de Israel por causa da sua presunção 33:21-33
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Deus como Pastor 34.1-31
... Profecia contra os pastores infiéis de Israel 34:1-10
... O cuidado do Senhor pelo seu rebanho 34:11-24
... O Senhor e o seu pacto de paz 34:25-31
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Julgamento contra Edom 35.1-15
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Restauração de Israel 36.1-37.28
... Profecia feita aos montes de Israel 36:1-15
... A restauração de Israel 36:16-38
... A visão dum vale de ossos secos 37:1-6
... Revivificação dos ossos secos 37:7-10
... Os ossos secos simbolizam o povo de Deus 37:11-14
... Reunião de Judá e Israel 37:15-23
... Davi será seu rei 37:24-28
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Julgamento contra Gogue 38.1-39.29
... Profecia contra Gogue 38:1-13
... Gogue invadirá a Israel 38:14-16
... A ira do Senhor contra Gogue 38:17-23
... Queda de Gogue 39:1-10
... Enterro das hordas de Gogue 39:11-16
... O grande sacrifício 39:17-24
... Israel será restaurado 39:25-29
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Restauração do templo 40.1-46.24
... Os átrios e os vestíbulos 40:1-49
... O santuário 41:1-26
... As câmaras santas 42:1-20
... A glória do Senhor 43:1-9
... O altar dos holocaustos 43:10-27
... Reformas no ministério do santuário 44:1-14
... Ordenanças para os sacerdotes, filhos de Zadoque 44:15-27
... A herança dos sacerdotes 44:28-31
... A partilha da terra para os sacerdotes, os levitas e os príncipes 45:1-8
... Deveres dos magistrados 45:9-17
... Ofertas no primeiro mês 45:18-20
... Na páscoa 45:21-25
... Nos sábados e luas novas 46:1-8
... Instruções referentes às ofertas 46:9-15
... O direito do príncipe de fazer presentes 46:16-24
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Restauração da terra 47.1-48.35
... A torrente das águas purificadoras 47:1-12
... As fronteiras da terra de Israel 47:13-23
... Os termos das sete tribos 48:1-7
... A porção dos sacerdotes 48:8-12
... A porção dos levitas 48:13-20
... A porção do príncipe 48:21-22
... As porções das outras cinco tribos 48:23-29
... As portas da cidade 48:30-35
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Autor
O autor, cujo nome significa ?Deus fortalece?. É identificado como ?Ezequeil, filho de Buzi, o sacerdote? (1.3). Embora essa identificação tenho sido questionada, parece não haver razão válida para se duvidar disso. Ele era, provavelmente, um membro da família sacerdotal dos zadoqueus, que se tornaram importantes durante as reformas de Josias (621 aC). Ele foi treinado para o sacerdócio durante o reinado de Joaquim, foi deportado para a Babilônia (1.1; 33.21; 40.1) em 597 aC e estabeleceu-se em Tel? Abibe, situada no canal do rio Quebar, perto de Nipur (1.1). Seu ministério coincidiu brevemente ao de Jeremias.

Data
O chamado de Ezequiel veio a ele em 593 aC, o quinto ano do reinado de Joaquim. A última data dada por oráculo (29.17) é, provavelmente, 571 aC, fazendo de seu ministério cerca de vinte anos de duração. A morte de sua esposa ocorreu ao mesmo tempo da destruição de Jerusalém, em 587 aC (24.1,15-17). Exilado por ocasião do segundo cerco de Jerusalém, por volta de sua iminente e completa destruição, incluído a partida da presença de Deus. Partes foram também, aparentemente escritas após a destruição de Jerusalém.

Conteúdo
A personalidade de Ezequiel reflete uma força mística. A proximidade de seu contato com o Espírito, suas visões e a freqüência com a qual a palavra do Senhor vinha até ele fornecem uma conexão entre os profetas extáticos mais antigos e os profetas e escritores clássicos. Suas experiências espirituais também anteciparam a atividade do ES no NT. A ele adequadamente pertence o título de ?carismático?.
A mensagem de Ez foi endereçada ao resto dos pervertidos de Judá exilados na Babilônia. A responsabilidade moral do indivíduo é um tema de primeira importância em sua mensagem. A responsabilidade coletiva não mais resguarda o indivíduo. Cada um deve aceitar uma responsabilidade pessoal pela desgraça da nação. Cada um é responsável pelo seu pecado individual (18.24). Foi o peso do pecado acumulado de cada indivíduo que contribui para o rompimento do concerto de Deus com Israel, e cada qual leva uma porção da culpa pelo julgamento que resultou no exílio.
O livro está facilmente dividido em três seções: o julgamento de Judá (4-24), o julgamento das nações pagãs ( 25-32) e as futuras bênçãos pelo concerto de Deus com o povo (33-48).
Dois temas teológicos agem como um equilíbrio no pensamento do profeta. Na doutrina do homem em Ez, ele colocou a ênfase no dever pessoal (18.4: ?a alma que pecar, essa morrerá?). Por outro lado, ele enfatizou a graça divina no renascimento da nação. O arrependimento do remanescente fiel entre os exilados resultaria na recriação de Israel a partir dos ossos secos (37.11-14). O divino Espírito os estimularia a uma nova vida. Por essa ênfase no ES na regeneração, Ez antecipava a doutrina do NT do ES, especialmente no Evangelho de João.

O Espírito Santo em Ação
Quer a revelação profética seja apresentada simbolicamente em visões, sinais, ações de parábolas ou em fala humana, Ez reivindica por eles o poder e a autoridade do ES. Além disso, há inúmeras referências ao Espírito de Deus no livro. Alguém pode quase que caracterizar o Livro de Ez como ?os Atos do ES? no AT. Várias dessas referências merecem uma tenção em especial.
Em 11.5, o profeta afirma autobiograficamente que o Espírito do Senhor ?caiu? sobre ele e lhe ?disse?. O oráculo que segue é, desse modo, a Palavra de Deus nas palavras de Ezequiel, inspirado pelo ES. O mesmo (11.24) apresenta o Espírito como ativo em uma visão: ?Depois, o Espírito me levantou e me levou em visão à Caldéia, para os do cativeiro.?
Talvez a situação melhor conhecida da atividade do Espírito esteja no cap. 37, a visão do vale dos ossos secos: ?Veio sobre mim a mão do Senhor; e o Senhor me levou em Espírito, e me pôs no meio de um vale que estava cheio de ossos...?(v.1) A visão subseqüente relata o renascimento espiritual do restante do ovo que estava, até então, no exílio.
Um aspecto final da ação do Espírito na vida do profeta é achado em 36.26: ?E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo.? Não é somente um ato externo do Espírito o ?cair sobre? alguém, mas também a profetizada experiência subjetiva da presença do Espírito dentro, tal como Ezequiel inigualavelmente experimentou quando o Espírito ?entrou? nele (2.2). Ezequiel antecipou a experiência do concerto do ?novo nascimento?, o qual seria dado pelo Espírito.

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