Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas porque o tempo está próximo. Apocalipse 1.3.
Salva-me, ó Deus, pois as águas me sobem até o pescoço.
2
Atolei-me em profundo lamaçal, onde não se pode firmar o pé entrei na profundeza das águas, onde a corrente me submerge.
3
Estou cansado de clamar secou-se-me a garganta os meus olhos desfalecem de esperar por meu Deus.
4
Aqueles que me odeiam sem causa são mais do que os cabelos da minha cabeça poderosos são aqueles que procuram destruir-me, que me atacam com mentiras por isso tenho de restituir o que não extorqui.
5
Tu, ó Deus, bem conheces a minha estultícia, e as minhas culpas não são ocultas.
6
Não sejam envergonhados por minha causa aqueles que esperam em ti, ó Senhor Deus dos exércitos não sejam confundidos por minha causa aqueles que te buscam, ó Deus de Israel.
7
Porque por amor de ti tenho suportado afrontas a confusão me cobriu o rosto.
8
Tornei-me como um estranho para os meus irmãos, e um desconhecido para os filhos de minha mãe.
9
Pois o zelo da tua casa me devorou, e as afrontas dos que te afrontam caíram sobre mim.
10
Quando chorei e castiguei com jejum a minha alma, isto se me tornou em afrontas.
11
Quando me vesti de cilício, fiz-me para eles um provérbio.
12
Aqueles que se sentem à porta falam de mim e sou objeto das cantigas dos bêbedos.
13
Eu, porém, faço a minha oração a ti, ó Senhor, em tempo aceitável ouve-me, ó Deus, segundo a grandeza da tua benignidade, segundo a fidelidade da tua salvação.
14
Tira-me do lamaçal, e não me deixes afundar seja eu salvo dos meus inimigos, e das profundezas das águas.
15
Não me submerja a corrente das águas e não me trague o abismo, nem cerre a cova a sua boca sobre mim.
16
Ouve-me, Senhor, pois grande é a tua benignidade volta-te para mim segundo a tua muitíssima compaixão.
17
Não escondas o teu rosto do teu servo ouve-me depressa, pois estou angustiado.
18
Aproxima-te da minha alma, e redime-a resgata-me por causa dos meus inimigos.
19
Tu conheces o meu opróbrio, a minha vergonha, e a minha ignomínia diante de ti estão todos os meus adversários.
20
Afrontas quebrantaram-me o coração, e estou debilitado. Esperei por alguém que tivesse compaixão, mas não houve nenhum e por consoladores, mas não os achei.
21
Deram-me fel por mantimento, e na minha sede me deram a beber vinagre.
22
Torne-se a sua mesa diante deles em laço, e sejam-lhes as suas ofertas pacíficas uma armadilha.
23
Obscureçam-se-lhes os olhos, para que não vejam, e faze com que os seus lombos tremam constantemente.
24
Derrama sobre eles a tua indignação, e apanhe-os o ardor da tua ira.
25
Fique desolada a sua habitação, e não haja quem habite nas suas tendas.
26
Pois perseguem a quem afligiste, e aumentam a dor daqueles a quem feriste.
27
Acrescenta iniqüidade à iniqüidade deles, e não encontrem eles absolvição na tua justiça.
28
Sejam riscados do livro da vida, e não sejam inscritos com os justos.
29
Eu, porém, estou aflito e triste a tua salvação, ó Deus, me ponha num alto retiro.
30
Louvarei o nome de Deus com um cântico, e engrandecê-lo-ei com ação de graças.
31
Isto será mais agradável ao Senhor do que um boi, ou um novilho que tem pontas e unhas.
32
Vejam isto os mansos, e se alegrem vós que buscais a Deus reviva o vosso coração.
33
Porque o Senhor ouve os necessitados, e não despreza os seus, embora sejam prisioneiros.
34
Louvem-no os céus e a terra, os mares e tudo quanto neles se move.
35
Porque Deus salvará a Sião, e edificará as cidades de Judá, e ali habitarão os seus servos e a possuirão.
36
E herdá-la-á a descendência de seus servos, e os que amam o seu nome habitarão nela.